Enquanto os grandes bancos fecharam mais de mil agências no último ano – e planejam enxugar ainda mais –, as cooperativas de crédito ampliaram a presença física na pandemia e fincaram os pés em novos pontos do País.
O Sicredi, segunda maior cooperativa financeira do País, com duas mil agências, aumentou sua rede em mais 150 pontos na pandemia e tem outras 250 unidades previstas para este ano, com investimentos de R$ 200 milhões.
Para o presidente da Sicredi das Culturas RS/MG, Antenor Vione, o aumento do número de unidades físicas vai ao encontro do compromisso que a cooperativa de crédito tem com a comunidade. “Nós procuramos estar bem perto dos associados, atendê-los nas suas necessidades para que tenham bons resultados nas suas atividades”, disse em entrevista ao Grupo JM.
Segundo Vione, a Sicredi das Culturas vai inaugurar em março a quarta unidade em Minas Gerais e projeta duas novas unidades em outros municípios mineiros nos próximos meses. “O nosso sistema está crescendo muito na região e no País”, frisa Vione, lembrando que em Minas o sistema Sicredi já conta com 50 unidades físicas.
Uma das estratégias utilizadas pela cooperativa é a parceria da cooperativa de crédito com as prefeituras, para que a folha de pagamento dos servidores públicos passem a serem feitas pelo Sicredi. “Desde que a lei federal possibilitou que as prefeituras pudessem trabalhar com Sicredi, isso facilitou muito as comunidades. No País a gente tem 112 municípios que somente tem o Sicredi como instituição financeira”, ressalta o presidente da cooperativa.
O movimento tem o apoio do Banco Central, que colocou como meta o aumento da participação das cooperativas no crédito do Sistema Financeiro Nacional para 20% até 2022 – hoje a fatia está em 10% o dobro do que era há cinco anos. O cálculo utilizado pelo BC tira da conta nichos em que as cooperativas não atuam, como crédito a grandes companhias. Se todo o sistema for contabilizado, a participação das cooperativas seria em torno de 5%.