Ijuí está entre as cidades gaúchas com maior índice de violência
Postada 03/12/2020
Mulheres que sofrem violência doméstica ou mesmo quem deseja se inteirar mais do assunto teve na tarde de ontem, a oportunidade de comparecer ao Ônibus Lilás, iniciativa do governo gaúcho - Departamento de Políticas Públicas para as Mulheres, e consiste em mais um instrumento de denúncia e acolhimento. A ação integra a programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher em Ijuí, que encerra-se em 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos.
"Selecionamos os 16 municípios com maior índice de violência doméstica do programa estadual RS Seguro, e Ijuí está entre eles. O Ônibus Lilás é projetado para realizar atendimento a mulheres vítimas de agressão, mas, devido à pandemia realizamos uma ação de orientação da comunidade, na Praça [da República]. É uma mobilização da Rede de Proteção, chamando atenção da sociedade para mostrar que as mulheres não estão sozinhas", acentuou a diretora estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, Bianca Feijó, em entrevista ao Grupo JM, acrescentando que Ijuí é o oitavo município a receber a visita.
Para levar informações ao maior número de pessoas, integrantes do Departamento, da Patrulha Maria da Penha, Polícia Civil, e do Executivo, por meio da Coordenadoria da Mulher de Ijuí, realizaram a entrega de panfletos, máscaras e álcool em gel, obedecendo a todas as orientações sanitárias preventivas ao coronavírus.
"Nós, enquanto Estado, acreditamos muito na prevenção, e isso se tem com os centros de referências e coordenadorias, porque existem diversos fatores que fazem com que a mulher não denuncie. O que nós precisamos, por meio destes centros de referência com atendimento psicossocial é que essas mulheres, quando forem às delegacias realizar registros, sejam encaminhadas a eles, porque lá elas são empoderadas, encorajadas a sair desse ciclo de violência doméstica, e é através destes centros que conseguimos descontruir a vergonha que sentem, o medo de fazer a denúncia, e fortalecê-las para que voltem ao mercado de trabalho e rompa também com o ciclo de violência financeira", orienta Bianca.
Ela destaca a importância da união de forças e a responsabilidade coletiva em tornar o mundo um lugar melhor e mais seguro para as mulheres viverem.
Coordenadora da Mulher, Noemi Huth lembrou que dentro da programação, novas atividades devem ocorrer na próxima semana.